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Relacionamentos abusivos
Podemos dizer que relação abusiva é aquela onde predomina o excesso de poder sobre o outro. É o desejo de controlar o parceiro em todos os setores de sua vida, é tê-lo somente para si. Os relacionamentos abusivos começam sempre de uma forma sutil, e aos poucos vai ultrapassando os limites causando muito sofrimento. Salientando que abuso pode ocorrer em diversos tipos de relacionamentos, como em relacionamentos familiares, de amigos e até de relações de trabalho, aqui iremos focar nos relacionamentos amorosos.

É importante lembrar que dentro de um relacionamento abusivo não existe apenas os conflitos e caos, existem momentos de “compensações”. Em alguns momentos, o abusador fornece amor, atenção e carinho, criando uma verdadeira confusão mental, e isso dificulta ainda mais o reconhecimento situação. Assim, a vítima acaba negando a existência de abusos, defende o parceiro e tenta justificar seu comportamento, inventando desculpas a respeito das “motivações” para tais atitudes, muitas vezes se colocando como culpada pelas atitudes do parceiro(a).

Quando pensamos em todas as formas de abuso e como elas se dão, logo nos perguntamos: “por que não romper com essa relação?

Mas precisamos ter consciência de que não é uma tarefa fácil identificar uma pessoa abusiva nem sair de um relacionamento de abuso. Muitas vezes a forma como uma pessoa se comporta num relacionamento afetivo é o reflexo da forma como ela se percebe. Normalmente, as vítimas de relacionamentos abusivos aprenderam, em alguma fase da vida ou ao longo da vida, que isso é normal e aceitável.

Provavelmente, essa pessoa tenha vindo de um contexto familiar desajustado, onde, dentre outras disfunções, presenciava também situações de abuso. Assim aprendeu a associar o amor à dor e ao desrespeito, então, ainda que ela adquira esclarecimentos sobre a forma saudável de se relacionar, aquilo que ela viveu na prática ainda terá um peso gigante na sua percepção.

Por isso, por mais que existam espaços que possam ajudar nessa difícil situação, como por exemplo a própria psicoterapia, é necessário, mais do que tudo, muita coragem, força e o mais importante, dar-se conta da situação, dar espaço para perceber que há sofrimento, aos excessos, em relação ao controle, possessividade, agressividade, tanto física como emocional e no modo como o relacionamento está se desenvolvendo.

Este reconhecimento não é fácil, porque significa entrar em contato com a relação como ela realmente é. E é por isso o apoio familiar, dos amigos é fundamental, pois podem prover segurança, acolhimento e oferecer um ambiente livre de julgamentos e de invalidação.

Veja algumas característica de parceiros(as) que são abusivos(as):

Ciúme possessivo: a pessoa tem ciúme de todos, mesmo de amigos e parentes, e demonstra isso publicamente de forma constrangedora.

Comportamento controlador: controlam a outra pessoa todo o tempo.

Amizades afastadas: afasta das amizades e mesmo de familiares.

Comportamento explosivo: tem “pavio curto”, mas no momento seguinte pode se mostrar arrependido/a e extremamente carinhoso/a.

De alguma forma, a culpa é sempre sua: a pessoa justifica seus erros de forma a transferir convincentemente a culpa pra você ou para os outros.

Manipulador/a: transforma a cena ou situação de maneira a beneficiar sempre a vontade própria.

Álcool ou outra droga viram desculpa: a pessoa culpa o álcool ou drogas para agressividade desmedida e maus tratos.

Humilhação: Por mais que se faça para merecer um elogio, vai receber ou o desprezo ou críticas pesadas.

Chantagista e punitivo/a: pode passar dias sem falar com o outro, dormindo separado, ou negando até mesmo sexo.

Talice Fernanda Ghion
PSICÓLOGA
CRP 07/25049