Dúvidas sobre a fala: Quando devo procurar um fonoaudiólogo?
Você vai achar lindo seu filho balbuciar os primeiros sons. Mas logo ele pode começar a apontar
sem dizer nada, falar errado, gaguejar... Descubra quando é a hora de procurar um especialista.
Quais são os problemas de fala mais comuns e quando aparecem?
O primeiro que pode surgir é o atraso no início da fala, que é percebido quando a criança articula pouco ou quase nada aos 2 anos (idade em que deveria conseguir se comunicar com frases simples, como “me dá”). Se isso não acontece, é preciso marcar uma consulta com o fonoaudiólogo. Aos 3, acontecem as trocas de fonemas, mas isso não é necessariamente um problema. Vai depender da substituição que ele faz e da etapa em que isso acontece.
Que outros fatores podem prejudicar o desenvolvimento da fala?
Problemas auditivos, neurológicos ou respiratórios e até fatores ambientais como falta de estímulo. Desses, os de audição são os mais comuns. Por isso é importante que o recém-nascido faça o teste de triagem auditiva (teste da orelhinha).
Uma vez que a dificuldade foi constatada, devo ir logo ao especialista?
Sim. É importante que o fonoaudiólogo faça uma avaliação rapidamente. Mas diagnosticar o problema, em alguns casos, não significa que o tratamento vai ser iniciado naquele momento. Somente um especialista saberá a hora certa de começar o tratamento.
E o desempenho escolar, como fica?
A principal preocupação é com a escrita. Seu filho só vai aprender a escrever direito se conseguir discriminar os sons corretamente. Se tem dificuldade de articular o R e o L, vai transferir isso para o papel, por exemplo. Uma fala com problemas também prejudica a comunicação com outras crianças e dificulta a interação social.
Qual a melhor maneira de estimular?
Converse sempre com o seu filho (nomeie as partes do corpo na hora do banho, por exemplo) e crie oportunidades para ele falar. Se a criança apontar para algo, diga o nome do objeto antes de atender ao pedido dela. Quando disser algo errado, responda com a maneira correta, sem corrigi-la para não gerar mais insegurança. E nada de falar em “nenenês”. Isso pode atrasar o aprendizado.